sexta-feira, 31 de maio de 2013
sexta-feira, 17 de maio de 2013
Magliani - A Solidão do Corpo
A exposição “Magliani – A Solidão do Corpo” acontece, atendendo a um convite-pedido do Secretário da Cultura de Porto Alegre, senhor Roque Jacoby.
Fui convidado
para ser o curador da mostra e a realização se dá através da Coordenação de
Artes Plásticas do Município, sob o comando da artista plástica Anete Abarno e
equipe. No primeiro momento de idealização dessa mostra-homenagem à Magliani,
pensei imediatamente em alguns nomes e, de pronto, lembrei que o fotógrafo Luiz
Carlos Felizardo havia feito um ensaio com ela, nas ruínas do antigo Colégio
Anchieta e que isso, hoje, seria um ítem talvez esquecido na totalidade da obra
do prestigiado artista, e que este mesmo ensaio, para ser publicado, em 1971 no
jornal "O Pato Macho", sofrera censura. "O Pato Macho" era
um jornal alternativo que abrigava nomes como os jornalistas Renato D´Arrigo,
Cói Lopes de Almeida e Luis Fernando Verissimo, cuja programação visual
(dizia-se assim) era do Signovo, algo avançado para época, um escritório de
programação visual, design, logotipias, etc, sob o comando de Cláudio Ferlauto
e o Felizardo já estava nessa equipe. Como o Felizardo concordou em participar
da homenagem e a Magliani teve um passado de atriz, fui em frente e convidei a
atriz Izabel Ibias para realizar uma performance na noite de abertura (a qual
abordará aspectos da condição feminina, ou seja, algo a ver com a temática dos
trabalhos de Magliani). Avancei mais e reuni textos dos críticos Jacob
Klintowitz e André Seffrin, da curadora Denise Mattar e depoimentos do dramaturgo
Ivo Bender, e dos artistas visuais Eduardo Vieira da Cunha, dos artistas
plásticos Julio Castro (colega de atelier de Magliani no Rio) e Teresa Poester,
e ainda a colaboração especial do poeta Luiz de Miranda, com um poema.
Serão exibidos
trabalhos desde os anos 1960 até a data de morte da artista, em 21 de dezembro
de 2012. O trabalho mais antigo data de 1965 e os demais cobrem as décadas de
1970, 80, 90 e anos 2000, distribuídos entre pinturas, esculturas, desenhos,
gravuras, esculturas e objetos.
Renato Rosa
Curador
EXPOSIÇÃO MAGLIANI – A SOLIDÃO DO CORPO
De 28 de maio a
28 de junho de 2013
Segunda a
sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h 30min às 18h
Paço dos Açorianos - Praça Montevidéu, 10 – Centro Histórico
– Porto Alegre
Contatos: (51) 3289-3735 ou acervo@smc.prefpoa.com.br
quarta-feira, 8 de maio de 2013
Ruth Schneider - Saudades
Há setenta anos atrás, nascia em Passo Fundo uma dessas
vocações de gosto e artificio expressionistas que só a arte nos faz saborear. E
se impõe com a mesma impetuosidade de um furacão na singeleza de um fabulário
artístico e memorial, do broto dessa artista, Ruth Schneider, que já nos anos
80 iria satirizar contagiantes alegrias e sonhos... Com simplicidade e
conhecimento pictórico, Ruth pintou o mundo, seu, de memória e passado, e de
quem difama, ou quem viveu na lama do jogo e da boêmia. Vitrine do sexo. Rua de
rufiões e gigolôs argentinos que habitavam seus sonhos de menina e mulher. Das
Histórias contadas por sua vó Ida! De cabarés! e o "CASSINO DA
MAROCA". Que assim tornaram-se reais para seus pais, Canhotinho e Nina, um
casal quase naif na memória da artista a colar a vida de almanaque e quadrinhos
reveladores das suas lembranças. Falar de Ruth é transportar para a tela sua
vida projetada para os caricatos personagens desse Cassino, onde ela se insere
também. Com seu bordel - cordel que cantam cores únicas de luz ingênuas e
dissimuladas, patéticas e obsessivas, pela ternura pura de intimidades carnais
e, apaixonadas por nossas vergonhas, em meio aos burburinhos dos arredores das
mesas de canto, boleros, chorinhos e canções de Noel e Lupicínio, prá dizer ao
mundo que viveu sempre com "saudades" do que sempre quiz viver...
Ruth teve uma carreira artística brilhante e premiadíssima que culminou com
sucesso na Bienal de São Paulo em 1991, e várias exposições no exterior.
Atualmente o Museu de Passo Fundo leva seu nome. E mantém seu mundo de
personagens e artista, vivos, na tela, passando devagarinho no tempo. Como um
relógio tiquetaqueando para trás... Até nascer de novo, lá em maio de
1943.
Zé Augustho Marques
Poeta e Crítico de Artes.
SCHNEIDER,
Ruth
Sem
título - Sem data
acrílica sobre madeira recortada
Doação Renato Rosa
acrílica sobre madeira recortada
Doação Renato Rosa
Acervo Pinacoteca Aldo Locatelli
Ruth Schneider
– Saudades
De 8 a 17 de maio no Paço dos Açorianos,
sede da Prefeitura de Porto Alegre, estará exposta uma obra da Pinacoteca Aldo
Locatelli assinada pela artista Ruth Schneider. Nascida em Passo Fundo - cidade
que abriga um museu em sua homenagem - a pintora, gravadora e desenhista, que
completaria 70 anos neste mês, participou em importantes mostras no Rio Grande
do Sul e em diversas capitais brasileiras, além de ter sido selecionada em 1991
para a XIX Bienal Internacional de São Paulo.
EXPOSIÇÃO RUTH SCHNEIDER - SAUDADES
De 8 a 17 de maio de 2013
Segunda a sexta-feira, das
9h às 12h e das 13h 30min às 18h
Paço dos Açorianos - Praça Montevidéu, 10 – Centro
Histórico – Porto Alegre
Contatos: (51) 3289-3735 ou
acervo@smc.prefpoa.com.br
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