quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Magliani



 "A maior parte do meu tempo me vejo em descompasso com o presente alheio. nem sempre o que me interessa e ocupa é o mesmo que preocupa as pessoas mais próximas no momento, isto provoca desencontros frequentes, arestas difíceis de aparar. Não sei como me definir deste ou daquele jeito. Ficariam faltando muitos "eus" que não conheço, que ainda não encontrei. Não vejo nada de extraordinário nisto, suponho que aconteça com todos. Para alguns, os obstáculos são maiores ou menores, mais ou menos duradouros; os objetivos, mais ou menos definidos. Não separo a artista da pessoa. Sou toda um mesmo nó - minha escolha é pintar, não saberia como ser de outro modo."

(MAGLIANI, Maria Lídia, Entrevista a João Carlos Tiburski, Boletim Informativo do MARGS, nº 32, jan/mar, 1987)


Maria Lídia dos Santos Magliani (Pelotas, RS, 1946 - Rio de Janeiro, RJ, 2012). Pintora, desenhista, gravadora, ilustradora, figurinista e cenógrafa.  Cursa artes plásticas (1963/1967) e pós-graduação em pintura (1967/1968) na Escola de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS - estudando com Ado Malagoli. Realiza sua primeira exposição individual em 1966, na Galeria Espaço, firmando-se como uma das artistas gaúchas de maior densidade no cenário das artes visuais. Em 1974, faz o curso de aperfeiçoamento em litografia no Atelier Livre da prefeitura de Porto Alegre, mudando-se para São Paulo em 1980 e, no final dos anos 90, para o Rio de Janeiro onde viveu e trabalhou.





Magliani, Maria Lídia
Um de todos, 2003
Acervo Pinacoteca Aldo Locatelli
Doação da artista









quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Convite Exposição "Pintura Impura"




A Secretaria da Cultura de Porto Alegre, através da Coordenação de Artes Plásticas, convida para a exposição "Pintura Impura".











sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Pintura Impura



Aldo Locatelli
Retrato de Paulo Menna Barreto Dutra
Óleo sobre tela
1956



Pintura Impura
A linguagem contaminada

Recentemente a Prefeitura de Porto Alegre adquiriu um quadro de Aldo Locatelli. Não bastando a autoria notável, o quadro adquirido é repleto de significados. Trata-se de um retrato aparentemente inconcluso, embora assinado, portanto considerado pronto pelo autor. Ou seja, a obra nasce do virtuosismo, da velocidade dos tempos modernos e do ímpeto em explicitar o seu processo de realização. Por fim, indica a assimilação por Locatelli, cuja formação havia sido estritamente acadêmica, de técnicas e sugestões das vanguardas do início do século XX. Comparada com sua produção anterior, trata-se de uma pintura nitidamente contaminada por influências inimagináveis.
Contaminações e influências permeiam a exposição Pintura Impura. Valendo-se de obras das Pinacotecas Aldo Locatelli e Ruben Berta, datadas da década de 1950 até os dias de hoje, a mostra apresenta diferentes abordagens no campo da pintura. Inclui o trânsito entre figuração e abstração, a presença da palavra escrita, os entrelaçamentos de cultura popular e erudita, a incorporação dos quadrinhos e do grafite, a acumulação de distintas informações - do cotidiano ao onírico, os cruzamentos de materiais e técnicas, além da colagem de materiais heteróclitos. Concebidas sobre o signo da “impureza”, as pinturas expostas apontam para a emergência da arte contemporânea, quando é rompido o espaço perspectivo de matriz renascentista e quando a pintura se mostra definitivamente contaminada ou “impura”. Na diversidade oriunda desta condição reside a sua fecundidade e riqueza de sentidos.



Relação de artistas

Aldo Locatelli
Alfredo Nicolaiewsky
Allen Jones
Ana Alegria
Bernardo Cid de Souza
Bill Maynard
Bin Kondo
Britto Velho
Chang Dai Chien
Dubsky
Fernando Duval
Fernando Odriozola
Gisela Waetge
Guillermo A.C.
Heloisa Schneiders
John Piper
Jorge Paez Vilvaró
Juan Ventayol
Lauer
Marilice Corona
Mattia Moreni
Paulo Peres
Renato Heuseu
Roberto Campadello
Teresa Poester
Tereza Nazar
Tomas Abal
Tomie Ohtake



EXPOSIÇÃO PINTURA IMPURA
Pinacotecas Aldo Locatelli e Ruben Berta
De 29 de novembro de 2012 a 1° de março de 2013
Segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h 30min às 18h
Paço dos Açorianos - Praça Montevidéu, 10 – Centro Histórico – Porto Alegre
Contato: (51) 3289-3735 ou acervo@smc.prefpoa.com.br





quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Arte nas Ruas


Grupo LZ: Arte nas Ruas inaugura na Praça da Encol

 Para comemorar 40 anos de atuação no mercado de mídia exterior, o Grupo LZ presenteia Porto Alegre com uma transformação do cenário urbano. Além de colorir a Capital com tabuletas instaladas especialmente para o projeto, a LZ pretende reavivar obras de artistas gaúchos que as Pinacotecas Municipais guardam com tanto carinho. Até as frotas de ônibus da ATP irão exibir obras. E a coisa não para por aí. O Arte nas Ruas é uma forma de resgatar a função social dos outdoors: a de transmitir conteúdo informativo e cultural a toda população. Redenção, Marinha do Brasil, Parcão, Centro de Cultura e a Praça Carlos Simão Arnt vão virar uma grande galeria de arte a céu aberto com a ajuda de 25 artistas que já se foram, mas deixaram para os gaúchos o melhor legado de todos: a arte. 






sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Prefeitura de Porto Alegre

CULTURA - Artes Plásticas - Vernissages e Exposições 

 30/07/2012 

 

Exposição Novas Aquisições no Paço dos Açorianos


A exposição “Novas Aquisições” traz a público uma parte significativa das duzentas obras incorporadas à Pinacoteca Aldo Locatelli nos últimos quatro anos, resultado do esforço para delinear um panorama, o mais vasto e autêntico possível da memória artística porto-alegrense. De 3 de agosto a 28 de setembro, a mostra pode ser conferida no Paço dos Açorianos (Praça Montevidéu, 10).

Este processo derivou de uma análise da coleção, considerando a sua história e a necessidade de reforçar identidades e alteridades. Nomes significativos no campo artístico local agora suprem lacunas no acervo ao mesmo tempo em que evidenciam a importância da memória para a invenção do futuro.

De longa tradição em Porto Alegre, a gravura foi um gênero em destaque nas doações, tanto dos artistas como dos colecionadores Renato Rosa e Luiz Carlos Lisboa. O marchand e o jornalista concederam significativos lotes de gravuras, pinturas e desenhos, indicativos de uma profícua vivência no âmbito artístico da Cidade. Por outro lado, a fotografia – constante na arte contemporânea – embora timidamente representada na Pinacoteca, também recebeu um incremento considerável de modo que o gênero passa agora a constituir outra vertente-chave do acervo. Paradoxalmente, a inserção de artistas consagrados ocorre em paralelo à produção de jovens de destacada atuação no cenário contemporâneo.

Artistas, familiares e colecionadores, através de generosas doações, compartilharam com a Pinacoteca Aldo Locatelli a responsabilidade devida às gerações passadas e futuras de preservar esta inquietante herança cultural, a obra de arte.

RELAÇÃO DE ARTISTAS:

Adauany Zimovski
Ana Flávia Baldisserotto
Ângela Pettini
Britto Velho
Carlos Asp
Carlos Scliar
Christina Balbão
Danúbio Gonçalves
Fernando Duval
Fernando Zago
Gabriel Netto
Guilherme Dable
James Zortéa
João Faria Vianna
Jorge Portanova
Lana Lanna
Leopoldo Plentz
Liana Timm
Lílian Maus
Luiz Brasil
Maria de Lourdes Sanchez
Maria Tomaselli
Marilice Corona
Milton Kurtz
Otacílio Camilo
Paulo Chimendes
Paulo Osorio Flores
Paulo Peres
Paulo Porcella
Rafael Gil
Rogério Livi
Romanita Disconzi
Roth
Rubem Grilo
Ruth Schneider
Túlio Pinto
Vagner Dotto
Vera Wildner
Wilson Alves
Yeddo Titze

Livros de Artista “O Pão Nosso” (Coordenação Mara Caruso/Atelier Livre da Prefeitura)
Serviço:
Mostra "Novas Aquisições"
Data: 3 de agosto até 28 de setembro
Horário: Segunda à sexta-feira, das 9h às 12h e 13h30 às 18h
Local: Paço dos Açorianos - Praça Montevidéu, 10 (Centro Histórico)
(51) 3289-3735 – acervo@smc.prefpoa.com.br

terça-feira, 31 de julho de 2012

Novas Aquisições






Novas Aquisições
da Pinacoteca Aldo Locatelli

A exposição “Novas Aquisições” traz a público uma parte significativa das duzentas obras incorporadas à Pinacoteca Aldo Locatelli nos últimos quatro anos, resultado do esforço para delinear um panorama, o mais vasto e autêntico possível da memória artística porto-alegrense. Este processo derivou de uma análise da coleção, considerando a sua história e a necessidade de reforçar identidades e alteridades. Nomes significativos no campo artístico local agora suprem lacunas no acervo ao mesmo tempo em que evidenciam a importância da memória para a invenção do futuro.
De longa tradição em Porto Alegre, a gravura foi um gênero em destaque nas doações, tanto dos artistas como dos colecionadores Renato Rosa e Luiz Carlos Lisboa. O marchand e o jornalista concederam significativos lotes de gravuras, pinturas e desenhos, indicativos de uma profícua vivência no âmbito artístico da Cidade. Por outro lado, a fotografia – constante na arte contemporânea – embora timidamente representada na Pinacoteca, também recebeu um incremento considerável de modo que o gênero passa agora a constituir outra vertente-chave do acervo.
Paradoxalmente, a inserção de artistas consagrados ocorre em paralelo à produção de jovens de destacada atuação no cenário contemporâneo. Sob esta perspectiva, a Pinacoteca se afirma como um espaço onde as linguagens se chocam e se cruzam, desenvolvendo heterogeneidades frente ao olhar e à memória do espectador. É precisamente o valor de memória o atributo recorrente das obras expostas.
Artistas, familiares e colecionadores, através de generosas doações, compartilharam com a Pinacoteca Aldo Locatelli a responsabilidade devida às gerações passadas e futuras de preservar esta inquietante herança cultural, a obra de arte. Inquietante, pois, por mais que sejam organizadas mostras a partir de determinados conceitos, haverá sempre um excedente de significado nas obras, transcendendo interpretações fechadas, abrindo espaço a novas reflexões e memórias.


De 3 de agosto até 28 de setembro de 2012
Segunda à sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h30 às 18h

Paço dos Açorianos
Praça Montevidéu, 10
Centro Histórico – Porto Alegre
(51) 3289-3735 – acervo@smc.prefpoa.com.br



RELAÇÃO DE ARTISTAS

Adauany Zimovski

Ana Flávia Baldisserotto

Ângela Pettini
Britto Velho
Carlos Asp
Carlos Scliar

Christina Balbão

Danúbio Gonçalves
Fernando Duval
Fernando Zago
Gabriel Netto
Guilherme Dable
James Zortéa
João Faria Vianna
Jorge Portanova
Lana Lanna
Leopoldo Plentz
Liana Timm
Lílian Maus
Luiz Brasil
Maria de Lourdes Sanchez
Maria Tomaselli
Marilice Corona
Milton Kurtz
Otacílio Camilo
Paulo Chimendes
Paulo Osorio Flores
Paulo Peres
Paulo Porcella
Rafael Gil
Rogério Livi
Romanita Disconzi
Roth
Rubem Grilo
Ruth Schneider
Túlio Pinto
Vagner Dotto
Vera Wildner
Wilson Alves
Yeddo Titze


Livros de Artista “O Pão Nosso” (Coordenação  Mara Caruso/Atelier Livre da Prefeitura)




segunda-feira, 4 de junho de 2012

Arte Pública Murais de Danúbio Gonçalves






Exposição Arte Pública – Murais de Danúbio Gonçalves, com abertura marcada para o dia 6 de junho às 19h, apresenta a produção de painéis murais de grandes dimensões, deste renomado artista gaúcho, destinada a espaços públicos. É composta dos originais de 19 estudos para murais nas técnicas de pintura em cerâmica e mosaicos, executadas após completar seus 80 anos, a qual demonstra intenso vigor, tanto pela sua criatividade como pelo seu fôlego físico. Destacam-se o painel “Comemorativo do Centenário da Imigração Judaica no Rio Grande do Sul” de 13x3m e o painel “Memorial da Epopéia Rio-Grandense Missioneira e Farroupilha” de 31x3m, ambos em Porto Alegre. Entre outros estudos estão os dos murais de fachadas em mosaico de temática religiosa da Igreja de São Roque em Bento Gonçalves e do Santuário do Sagrado Coração de Jesus, junto ao túmulo do Padre Reus em São Leopoldo.
A Exposição promove a discussão da importância desta arte no meio urbano e chama a atenção a este segmento das artes plásticas, incentivando o público a aguçar o olhar para esta arte, que apesar da grandiosidade de suas dimensões, muitas vezes passa desapercebida no cotidiano da população.  
Reconhecido como pintor, desenhista e gravador, Danúbio tem obras que lhe renderam premiações e renome nacional, constando em acervos de principais museus brasileiros. Através dos Murais, consagrou-se como importante muralista brasileiro.
A Curadoria e Produção Cultural é de Ediolanda Liedke.
A Exposição está sendo realizada com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Governo do Estado (FAC/RS), Lei nº. 13.490/10, sendo um dos 30 projetos escolhidos entre os 222 inscritos do primeiro Edital.
Com apoio da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, a exposição estará na Sala Aldo Locatelli no Paço dos Açorianos, Praça Montevidéu nº10 no Centro Histórico de Porto Alegre. Visitação de 8 de junho a 20 de julho, de segunda à sexta das 9 às 12h e das 13h30 às 18h. Entrada franca.


O quê: Exposição Arte Pública - Murais de Danúbio Gonçalves
Abertura: 06 de junho às 19h
Quando: 08 de junho a 20 de julho, de segunda a sexta-feira das 9h às 12h e das 13h30 às 18h
Onde: Sala Aldo Locatelli no Paço Açorianos, na Praça Montevidéu nº10- Centro Histórico de Porto Alegre

Quanto: Entrada Franca






quarta-feira, 23 de maio de 2012

Francisco Riopardense de Macedo




Obras do arquiteto e urbanista Francisco Riopardense de Macedo em exposição na Sala da Fonte, Paço dos Açorianos.

Ponte do Jacuí 
xilogravura - 1958
 Porto Alegre
nanquim, 1954
Erechim - Casa antiga na rua Itália
nanquim - 1952
Farroupilha, Casa de Reuniões - Caçapava
xilogravura, 1/50 - 1985

Fotos das obras: Luciano Lanes







sexta-feira, 11 de maio de 2012

Riopardense de Macedo - ofício e paixão pelo patrimônio cultural







“Quem não conhece a história da sua cidade,
que é parte da sua própria,
não é cidadão dela, é hóspede.”

Francisco Riopardense de Macedo


A exposição "RIOPARDENSE DE MACEDO – ofício e paixão pelo patrimônio cultural" será aberta na terça-feira, 15, às 19h, na Sala Fonte do Paço dos Açorianos. A mostra contém gravuras e desenhos nos quais reverbera a luta pela preservação dos prédios históricos. A visitação pode ser feita até o dia 6 de junho, de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h30 às 18h.

O autor das instigantes obras, Francisco Riopardense de Macedo (1921-2007) viveu em Porto Alegre e fez da arte um afiado instrumento na defesa do patrimônio cultural. Abnegado na valorização da memória da Cidade, este engenheiro e urbanista de formação, atuou também como jornalista, arquivista e historiador, integrando diferentes campos do conhecimento. Demonstrou possuir uma personalidade ímpar, na qual erudição e espírito combativo caminhavam juntos.

No campo da historiografia, Riopardense definiu a data de fundação de Porto Alegre, apresentando conclusões rigorosamente baseadas em documentos. Também investigou a Revolução Farroupilha, a formação urbana do Rio Grande do Sul e a história da imprensa brasileira. Uma das suas principais pesquisas destinava-se a integrar arquitetura e artes plásticas. Para desvendar esta faceta criativa serão apresentadas vinte e três obras, nesta exposição que integra as comemorações dos 40 anos do Arquivo Histórico de Porto Alegre Moysés Vellinho - cujo primeiro diretor foi justamente Riopardense de Macedo.




segunda-feira, 7 de maio de 2012

VI Prêmio Açorianos Artes Plásticas


O VI Prêmio Açorianos de Artes Plásticas terá sua cerimônia de premiação terça-feira, 8, às 20h no Teatro Renascença. Iniciativa da Secretaria Municipal de Cultura, o prêmio inclui sete categorias (pintura, escultura, desenho, gravura, cerâmica, fotografia e mídias tecnológicas) e nove destaques (exposição individual, exposição coletiva, artista revelação, patrocínio, espaço institucional público ou privado, projeto alternativo de produção, textos- catálogos-livros, curadoria e acervo-memória).
     Serão concedidos os prêmios: Artista - Destaque especial do ano - Que além do troféu da categoria receberá em dinheiro o valor de R$ 8.000,00 ( oito mil reais) e o Prêmio Incentivo à Produção Plástica, que além do troféu da categoria receberá o prêmio em dinheiro no valor de R$ 2.000,00 ( dois mil reais).
O Artista Destaque do Ano e o Prêmio Incentivo à produção Plástica , serão escolhidos pelo juri de premiação   do VI PAAP.
Os resultados das premiações somente serão conhecidos na cerimônia de premiação, no momento da entrega dos troféus. 
O prêmio incentiva e destaca artistas e instituições que marcaram o campo artístico local em 2011. 

domingo, 6 de maio de 2012

Centenário de Guido Mondim


O dia 6 de maio de 2012 marca o centenário de nascimento de Guido Mondim (Porto Alegre, 1912 – Brasília, 2000). Homem de múltiplos talentos foi, entre outras atividades, político, empresário, escritor, pintor, economista e administrador. Senador de 1959 a 1974 e ministro do Tribunal de Contas da União a partir de 1975, sua vida política não impediu o desenvolvimento do pintor, cujas obras estão espalhadas pelo Brasil e no mundo.  


MONDIM, Guido Fernando
“Signo Taurus” - sem data
óleo sobre chapa aglomerado  -  100,0 x 80,5 cm



quinta-feira, 12 de abril de 2012

1967-1969: Tadeusz Lapinski em Porto Alegre







1967/1969: LAPINSKI EM PORTO ALEGRE


Artista reconhecido internacionalmente e premiado em várias partes do mundo, o polonês Tadeusz Lapinski esteve em Porto Alegre entre 1967 e 1969, onde produziu imagens que inovaram e renovaram o panorama local das artes plásticas, dominado – até então, pela arte figurativa. Cidadão norte-americano desde 1973, é professor emérito da Universidade de Maryland (onde ingressou em 1972). Realizou mais de 150 exposições individuais em todo o mundo, com mais de 250 obras em museus, incluindo, entre vários outros, o Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA), Museu de Arte de San Francisco, Phillips Collection, National Gallery of Art, Smithsonian Institution – nos EUA - Museu Nacinal de Arte de Ottawa – Canadá, Museu de Arte Moderna de Tóquio - Japão, Museu de Tianjin - China,  Museu de Arte Moderna de Turim – Itália e Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
Atualmente um dos maiores gravuristas do mundo, Lapinski foi considerado pelo “International Biographical Centre”, em Cambridge, Inglaterra, em 1998, como uma das 2000 pessoas mais destacadas do século XX, em honra à sua contribuição ao mundo das artes.
Suas exposições mais recentes ocorreram no ‘Kunsthaus Austrian Cultural Center’, em Weiz, na Áustria; no ‘Blonie Cultural Center’, em Varsóvia, Polônia; no ‘Korean Art International Exhibition’, em Seul, Coréia do Sul; no ‘Korean Cultural Center’, em Washington DC, EUA; e no ‘Brentwood Arts Exchange’, em Maryland, EUA.
Segue, abaixo, texto de Renato Rosa, curador da exposição:
“Acredito que para aquele jovem Tadeusz Lapinski que visitava Porto Alegre entre 1967 e 1969, período que permaneceu na cidade – que correspondem aos pesados anos da ditadura em nosso país - tudo não tenha passado de uma aventura de um jovem oriundo de um país socialista, a Polônia, à época pertencente a dita Cortina de Ferro. Lapinski, já então um famoso artista internacional, desfrutava de uma premiação outorgada pela UNESCO em Paris. Sua obra já o confirmava como um grande gravador exibido em Londres e Paris. Seu host em Porto Alegre foi o Sr. Edmundo Gardolinski, um líder na comunidade polonesa, cônsul honorário daquele país. De imediato, conheceu os artistas mais destacados da cidade, entre eles, Danúbio Gonçalves, Vera Chaves Barcellos, Paulo Porcella, Paulo Peres, Henrique Fuhro, Leo Dexheimer, não por acaso todos gravadores e ligados ao Atelier Livre; realizou exposição individual na Galeria do IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil) sob a direção do arquiteto Gilberto Moras Marques que tornou-se seu representante. Os artistas em nossa cidade eram em grande parte figurativos e Lapinski havia rompido e deixado para trás os rigores da academia polonesa que ainda obedecia os ditames do realismo socialista... aqui, ainda vigorava entre nós alguns ventos da mesma escola, últimos resquícios do Clube de Gravura ao qual por exemplo Danúbio Gonçalves filiara-se anteriormente. Mas Danúbio, como alguns de seus colegas, mostrou-se o que sempre foi: não um artista radical, mas um homem com largueza de pensamento e abriu seu atelier particular para Lapinski. Houve uma troca proveitosa de receitas e descobertas técnicas a tal ponto que Lapinski até retomou a aquarela e ainda usou a prensa de nosso mestre, criando aqui imagens que surpreenderam completamente aquela Porto Alegre do período. Lapinski usava sobreposição de cores, camadas de tintas – algumas industriais – espessas, apresentava uma litogravura com textura rugosa e de um modo que isso até quase o aproximava de cerâmica, tal era o efeito.”

Exposição “1967/1969: LAPINSKI EM PORTO ALEGRE
Curadoria de Renato Rosa
Abertura: 19 de abril, às 19h
Visitação: de 20 de abril a 25 de maio de 2012
Segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h30 às 18h
Local: Paço dos Açorianos–Praça Montevidéu,10–Centro Histórico–Porto Alegre
Contato: 3289-3735 ou acervo@smc.prefpoa.com.br




quinta-feira, 5 de abril de 2012

Lançamento Jogo da Memória



Jogo da memória mostra obras sobre a evolução da cidade

 

04/04/2012

Flávio Krawczyk (foto) falou sobre a Porto Alegre retratada nos quadros  
Foto: Francielle Caetano/PMPA










 Flávio Krawczyk (foto) falou sobre a Porto Alegre retratada nos quadros 

Vista para o Guaíba, obra de Falcone, mostra barcos a vapor e lavadeiras

 Foto: Francielle Caetano/PMPA










Vista para o Guaíba, obra de Falcone, mostra barcos a vapor e lavadeiras
 

As modificações de Porto Alegre desde o início do século XIX, registradas por pintores nacionais e estrangeiros, estão nas 31 obras reproduzidas em um jogo de memória. O brinquedo didático foi lançado nesta quarta-feira, 4, na Sala Aldo Locatelli do Paço Municipal, com a presença de alunos das escolas municipais de Educação Infantil Professora Judith Macedo de Araújo e Deputado Marcírio Goulart Loureiro. Guiados pelo diretor da equipe de Acervo Artístico, Flávio Krawczyk, os meninos conheceram os quadros da pinacoteca e brincaram de memória.

O jogo busca mostrar às crianças a evolução da cidade desde a época da escravatura, a partir do olhar dos artistas. “Você pode conhecer o quadro bem de perto e pode ver como eram antigamente os lugares de Porto Alegre”, conta a estudante Kassiana Leite, 12 anos, da escola Deputado Marcírio Goulart Loureiro.

As obras fazem parte da exposição Paisagens de Porto Alegre, que reúne pinturas, desenhos, aquarelas e gravuras das pinacotecas municipais Aldo Locatelli e Rubem Berta. São quadros de artistas renomados, como o espanhol Luiz Maristany de Trias e os italianos Angelo Guido e Giovanni Falcone, que fixaram residência na capital gaúcha.

Uma das principais telas, Vista para o Guaíba, data de 1892 e é assinada pelo italiano Falcone. A obra mostra barcos a vapor, banhistas e moças lavando roupas no Lago, no antigo ponto em que o Arroio Dilúvio desaguava no Guaíba.

O brinquedo faz parte de uma linha de suvenires da capital gaúcha que inclui também canecas, camisetas e cartões postais com desenhos do ilustrador Joaquim da Fonseca. “Estamos trabalhando o turismo cultural ao divulgar o patrimônio e a arte de Porto Alegre”, observa o coordenador da Memória Cultural da Secretaria Municipal da Cultura, Luiz Antônio Custódio.

O projeto foi desenvolvido pela Coordenação de Memória, em parceria com a Coordenação de Artes Plásticas da Secretaria Municipal da Cultura (SMC). O suvenir estará à venda no Museu de Porto Alegre (rua João Alfredo, 582) e na Livraria Ilhota do Mercado Público (Largo Glênio Peres s/nº), ao custo de R$ 10.
Texto de: Andréa Brasil
Edição de: Caco Belmonte
Autorizada a reprodução dos textos, desde que a fonte seja citada.


                        

segunda-feira, 5 de março de 2012

Exposição Mulheres Artistas



A partir de 08 de março, quinta-feira, estará aberta para a visitação pública no Paço dos Açorianos, uma exposição das Pinacotecas Aldo Locatelli e Ruben Berta com obras assinadas por Amélia Pastro Maristany, Judith Fortes, Alice Brueggmann, Alice Soares, Regina Silveira e Cristina Balbão, artistas que marcaram decisivamente a história da arte em Porto Alegre. A marca impressa pelas mulheres no ambiente artístico gaúcho, embora decisiva, é historicamente recente. Do Instituto de Artes, situado na Rua Senhor dos Passos, saem as pioneiras em Porto Alegre, onde até então esta atividade profissional era reservada aos homens. A partir da década de 1930, configuradas como educadoras e personagens destacadas nos conflitos pela atualização do meio artístico local, as mulheres artistas gaúchas assumem protagonismo na renovação de instituições-chave como o próprio Instituto de Artes, a Associação Riograndense de Artes Plásticas Francisco Lisboa, nos diversos salões e mesmo nas galerias que emergem na cidade. Ao longo do tempo, sua contribuição é contínua e progressiva, levando às últimas conseqüências o imperativo da multiplicidade que anima o mundo nos dias de hoje. 


Exposição MULHERES ARTISTAS 
Visitação: de 08 a 16 de março de 2012 Segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h30 às 18h Local: Paço dos Açorianos–Praça Montevidéu,10–Centro Histórico–Porto Alegre Contato: 3289-3735 ou acervo@smc.prefpoa.com.br 




Amélia Maristany

Judith Fortes

Alice Soares

Alice Brueggmann

 Cristina Balbão

 Regina Silveira

Luiza Prado





segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Exposição Paisagens de Porto Alegre



Clique no link abaixo para ver as imagens:  

Paisagens de Porto Alegre


Libindo Ferraz

Torquato Bassi

Giovanni Falcone

Libindo Ferraz

José de Francesco

Edgar Koetz

João Faria Viana

Joaquim da Fonseca