GUIDO, Angelo
"Paisagem", óleo sobre tela, 1949
Acervo Pinacoteca Ruben Berta
A vontade das formas
Uma maneira instigante para
comemorar os 120 anos de nascimento de Angelo Guido é observar suas paisagens.
Nelas, o pintor captou a luz de Porto Alegre e os cenários do Rio Grande do
Sul, dominando como poucos a arte dos meios-tons.
A atenção dedicada à paisagem sulina deriva em boa medida da argúcia de seu “olhar estrangeiro”. Nascido na Itália (10 de outubro de 1893), ainda criança, instalou-se com a família na cidade de São Paulo, onde recebeu sua formação, primeiro com o tio Aurélio Gnochi, e posteriormente no Liceu de Artes e Ofícios. Ao chegar na capital gaúcha, em 1925, dedicou-se inicialmente à crítica de arte no Diário de Notícias. Na época, os seus textos se revestiam de pioneirismo por ser o primeiro crítico na cidade a construir uma análise aprofundada da obra de arte a partir dos possíveis diálogos com a história da arte. Valorizava as inclinações subjetivas dos artistas e estimulava o desenvolvimento de obras originais.
A partir de 1936 passou também a lecionar no Instituto de Artes, onde permaneceu até 1962, influenciando gerações e imprimindo uma marca conservadora ao ambiente cultural porto-alegrense. Autor de diversos livros de história e crítica, Guido demonstrou erudição e conhecimento teórico. A sua postura estética correspondia, em boa medida, ao espírito predominante no ambiente artístico em Porto Alegre, onde o modernismo mais radical batia as portas das exposições locais, mas sem sucesso. A Cidade vivia nas décadas de 1930 e 1940 uma espécie de Era dos Meios-Tons, onde apenas o “modernismo moderado” de Angelo Guido conseguia ocupar espaço
Herdeiro distante dos impressionistas, Guido provavelmente tenha concebido paisagens a partir do pensamento que fundamentava as suas aulas e textos críticos. Para ele, uma “vontade de forma” e um desejo de expressão concretizava as mais diversas realizações humanas. A vontade de Guido, o desejo de criar formas a partir de uma apropriação muito particular da pintura francesa do século XIX, em especial de Cézanne, encontrou na época grande aceitação em Porto Alegre e até os dias de hoje, o pintor-professor é considerado um mestre na representação da paisagem local.
A atenção dedicada à paisagem sulina deriva em boa medida da argúcia de seu “olhar estrangeiro”. Nascido na Itália (10 de outubro de 1893), ainda criança, instalou-se com a família na cidade de São Paulo, onde recebeu sua formação, primeiro com o tio Aurélio Gnochi, e posteriormente no Liceu de Artes e Ofícios. Ao chegar na capital gaúcha, em 1925, dedicou-se inicialmente à crítica de arte no Diário de Notícias. Na época, os seus textos se revestiam de pioneirismo por ser o primeiro crítico na cidade a construir uma análise aprofundada da obra de arte a partir dos possíveis diálogos com a história da arte. Valorizava as inclinações subjetivas dos artistas e estimulava o desenvolvimento de obras originais.
A partir de 1936 passou também a lecionar no Instituto de Artes, onde permaneceu até 1962, influenciando gerações e imprimindo uma marca conservadora ao ambiente cultural porto-alegrense. Autor de diversos livros de história e crítica, Guido demonstrou erudição e conhecimento teórico. A sua postura estética correspondia, em boa medida, ao espírito predominante no ambiente artístico em Porto Alegre, onde o modernismo mais radical batia as portas das exposições locais, mas sem sucesso. A Cidade vivia nas décadas de 1930 e 1940 uma espécie de Era dos Meios-Tons, onde apenas o “modernismo moderado” de Angelo Guido conseguia ocupar espaço
Herdeiro distante dos impressionistas, Guido provavelmente tenha concebido paisagens a partir do pensamento que fundamentava as suas aulas e textos críticos. Para ele, uma “vontade de forma” e um desejo de expressão concretizava as mais diversas realizações humanas. A vontade de Guido, o desejo de criar formas a partir de uma apropriação muito particular da pintura francesa do século XIX, em especial de Cézanne, encontrou na época grande aceitação em Porto Alegre e até os dias de hoje, o pintor-professor é considerado um mestre na representação da paisagem local.
EXPOSIÇÃO PAISAGENS EM MEIOS-TONS
120 ANOS DE ANGELO GUIDO
120 ANOS DE ANGELO GUIDO
Pinacotecas Aldo
Locatelli e Ruben Berta
De 30 de outubro
de 2013 a
14 de fevereiro de 2014
Segunda a sexta
feira, das 9h às 12h e das 13h30 às 18h
Paço dos
Açorianos – Praça Montevidéu, 10 – Centro Histórico – Porto Alegre
Contato: (51)
3289-3735 ou acervo@smc.prefpoa.com.br