Carlos Wladimirsky, Kosmos, 2015, mista
Carlos Wladimirsky, Kosmos, 2015, mista
Carlos Wladimirsky, Kosmos, 2015, mista
KOSMOS
exposição de Wladimirsky na Pinacoteca
Aldo Locatelli
Tudo o que já foi, tudo o que é, e tudo o que será. Assim
o astrônomo Carl Sagan definia o cosmos. Esta ideia de totalidade, no entanto,
sempre mais além do que podemos imaginar, é plasmada por Wladimirsky na exposição a
ser inaugurada dia 12 no Paço dos Açorianos. Para tanto, o artista desenvolveu
seu processo criativo, aplicando sobre
papel de algodão dezenas de diluições de pigmentos e gestos gráficos, com o uso
de aquarela, giz, pastel seco e guache.
Criou, a partir da combinação de diferentes técnicas,
pontos luminosos, elipses e outras figuras geométricas em meio ao nada. Wladimirsky jogou neste
“Kosmos” - palavra oriunda do grego antigo que significa beleza, harmonia e
ordem - a dimensão humana, fazendo uma leitura pessoal deste universo em contínua
expansão, a partir das próprias lembranças. Coerente com a trajetória de sua
obra apontou para a descoberta de novos astros neste universo por certo
organizado, mas de dimensão ilimitada.
Ao longo da carreira, Carlos
Wladimirsky dedicou-se ao desenho, pintura, performance, joalheria e cerâmica. Foi
integrante, entre as décadas de 1970 e 80, do Espaço N.O., já lendário pela
importância no desenvolvimento da arte contemporânea gaúcha. Ainda naquele
período, realizou filmagens no formato super 8. E em aproximadamente 40 anos de
carreira expôs em quase todo o país com premiações, assim como no exterior.
Tempo-Espaço
Íntimo
“Com
seus múltiplos talentos, Carlos Wladimirsky (Porto Alegre, RS, 1956) expressa-se
através da pintura, da joalheria, da escrita, da performance e, principalmente,
do desenho. É por meio dele que o artista decanta as sensações e as memórias,
as inquietações e as saudades. No liame com a pintura, seu desenho apresenta
uma densidade sedimentar, resultado de dezenas de camadas de pigmentos e
aguadas, reverberando uma atmosfera profunda e opaca. É em meio a essa
espacialidade misteriosa que Wlad pinça ou distribui elipses douradas, formas
geométricas imprecisas, pontos de cor. Sugerindo um contínuo e vagaroso
movimento, talvez uma transmutação, essas formas abstratas com frequência
aludem ao espaço sideral que nos abraça, infinito e complexo.”
Paula Ramos, crítica, professora e
pesquisadora do Instituto de Artes/UFRGS
Exposição "Kosmos" de CARLOS WLADIMIRSKY
Sala Aldo Locatelli – Paço dos Açorianos
Praça Montevidéu, 10 – Centro Histórico – Porto Alegre
abertura: 12 de maio de 2016, quinta-feira, às 19h
visitação: de 13 mai a 10 jun | seg a sex, das 9h às 12h e das 13h30 às 18h
acervo@smc.prefpoa.com.br / 3289-3735
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