Britto Velho, Sem título, acrílica sobre tela, 2014
Britto Velho
inaugura exposição no dia 08 de maio
mostra
apresenta as mais recentes pinturas do artista e seleção de obras da Pinacoteca
que influenciaram sua obra
Inaugura no dia 08 de maio na Pinacoteca Ruben Berta uma exposição individual do professor, pintor, gravurista e escultor Britto Velho. A mostra apresenta 20 das mais recentes pinturas em tinta acrílica sobre tela, no formato 30x30cm. É a primeira vez que o artista realiza uma exposição com pequenos formatos, de caráter mais intimista.
Britto Velho também colaborou em uma seleção de obras da própria Pinacoteca. São pinturas, aquarelas e gravuras que influenciaram suas criações durante a década de 1970 e apresentam nomes como Di Cavalcanti e Peter Behan, entre outros. “Antes mesmo de a Pinacoteca existir com este nome, eu já adorava frequentar o acervo da prefeitura”, revela Britto. “São artistas que me influenciaram fortemente e estou muito feliz de poder contar um pouco da minha história através dessas obras”, afirma.
No dia 12 de maio, às 19h, o artista participa de conversa na Pinacoteca com o tema Conexões da Pinacoteca Ruben Berta com a obra de Britto Velho, evento integrado à 12ª Semana de Museus. As mostras seguem em cartaz até 11 de julho com entrada franca.
A representação do corpo não é novidade
no trabalho de Britto Velho. Ao longo da carreira, o artista focou a figura
humana em tudo que ela oferece como universo a ser plasticamente explorado e
como nicho de reflexão filosófica. Pois este inquieto porto-alegrense é um
sujeito cosmopolita, que testemunhou a eclosão das vanguardas na Buenos Aires
na década de 1960, passou por estudos em Paris e vivenciou uma exitosa
temporada em São Paulo, com participações em inúmeros salões, além de mostras
individuais em diferentes museus e galerias.
Considerando esta vivência em cidades referenciais, poderia
ter encaminhado sua carreira pelas múltiplas possibilidades que a arte
contemporânea oferece, ou mesmo por outras veredas no campo da pintura, como a
abstração, ou ainda gêneros tradicionais como a paisagem e natureza-morta. Mas Britto Velho se realiza enquanto um observador atento da
humanidade. Senhor de aparência sóbria pode até parecer um paradoxo que venha a
registrar a condição humana com as cores fortes que caracterizam a visualidade latino-americana
e com um desenho que reconstrói dramaticamente o corpo através dos seus
fragmentos, muitas vezes interligados a detalhes de objetos do cotidiano ou
mesmo de animais. Mas o fato é que Britto Velho é um homem sorridente, dançarino
contumaz e excelente contador de histórias. Assim vive sua vida: desenhando
incessantemente uma nova identidade do humano, criando formas inimagináveis
sobre as suas telas, saturando-as de cores improváveis.
E assim desvela o ser humano em tempos de incertezas e
transformações. Reconstitui o corpo pelas suas partes em um novo arranjo,
transfigurado, agregando próteses de origem inumana. Recupera assim o lugar do
corpo na arte e sua aptidão em sinalizar o sentido de um novo tempo.
Anete Abarno e Flávio Krawczyk
Carlos Carrion de Britto Velho (Porto Alegre RS 1946). Pintor, desenhista,
gravador, professor e escultor. Muda-se para Buenos Aires (Argentina) e reside
dos onze aos dezenove anos na cidade, onde faz as primeiras pinturas. Em 1965
retorna a Porto Alegre, onde expõe pela 1ª vez em 1971. Estuda litografia com
Danúbio Gonçalves, em 1974.
No ano seguinte, viaja a Paris (França) e faz estágio na gráfica de litografia Desjobert. Na cidade pinta a série Reflexões e Variações sobre a América Latina, onde as figuras em cores escuras surgem vendadas e com microfones, que segundo o artista representam uma denúncia à ditadura da época. Fica em Paris até 1976, quando volta ao Brasil e passa a lecionar pintura no Ateliê Livre da Prefeitura de Porto Alegre, entre 1978 e 1981. Nessa época ocorre uma mudança em seu trabalho. As figuras passam a ter olhos novamente e como no início de sua carreira, são pintadas em tonalidades mais claras.
Em 1981, as figuras ganham um 3º olho, o que segundo o artista significa o olho da visão interior. Nas pinturas, interagem o homem, animais e objetos do cotidiano, como elefantes de rodas, transformando-se em veículos e esses possuindo membros humanos. A partir daí em todas as pinturas observam-se os três olhos, até 1995, quando volta a pintar figuras com dois olhos. É convidado pela Rede Brasil Sul de Comunicações de Porto Alegre a fazer um outdoor para o projeto Vamos Colorir a Cidade. Muda-se para São Paulo em 1985 e no ano seguinte participa da 2ª Bienal de Havana. Participa do Projeto Extremos, uma exposição de pintura com Aprígio Fonseca, Dina Oliveira e Leonel Mattos, montada em 10 capitais brasileiras. É convidado pelo Sesc Pompéia em São Paulo a realizar o cartaz da exposição Gente de Fibra, mostra de que participa com esculturas.
Em 1991, volta a morar em Porto Alegre, onde recebe homenagens do Museu de Arte Contemporânea de Porto Alegre - MAC e do Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli - Margs que dão destaque a sua obra. Nessa época realiza a retrospectiva O Realismo Mágico de Britto Velho, com obras desde 1975. Realiza em 2011, na La Photo Galeria, uma mostra individual de pinturas, com recentes produções do artista. Em 2012, ganhou o Prêmio Açorianos de Artes Plásticas, e a Casa Rima e os criativos da Galeria Mascate apresentam a edição limitada de estampas do consagrado artista Britto Velho, dando continuidade em 2013, com o lançamento de baguettes. Vive atualmente em Porto Alegre, onde ministra cursos particulares de pintura em seu ateliê.
No ano seguinte, viaja a Paris (França) e faz estágio na gráfica de litografia Desjobert. Na cidade pinta a série Reflexões e Variações sobre a América Latina, onde as figuras em cores escuras surgem vendadas e com microfones, que segundo o artista representam uma denúncia à ditadura da época. Fica em Paris até 1976, quando volta ao Brasil e passa a lecionar pintura no Ateliê Livre da Prefeitura de Porto Alegre, entre 1978 e 1981. Nessa época ocorre uma mudança em seu trabalho. As figuras passam a ter olhos novamente e como no início de sua carreira, são pintadas em tonalidades mais claras.
Em 1981, as figuras ganham um 3º olho, o que segundo o artista significa o olho da visão interior. Nas pinturas, interagem o homem, animais e objetos do cotidiano, como elefantes de rodas, transformando-se em veículos e esses possuindo membros humanos. A partir daí em todas as pinturas observam-se os três olhos, até 1995, quando volta a pintar figuras com dois olhos. É convidado pela Rede Brasil Sul de Comunicações de Porto Alegre a fazer um outdoor para o projeto Vamos Colorir a Cidade. Muda-se para São Paulo em 1985 e no ano seguinte participa da 2ª Bienal de Havana. Participa do Projeto Extremos, uma exposição de pintura com Aprígio Fonseca, Dina Oliveira e Leonel Mattos, montada em 10 capitais brasileiras. É convidado pelo Sesc Pompéia em São Paulo a realizar o cartaz da exposição Gente de Fibra, mostra de que participa com esculturas.
Em 1991, volta a morar em Porto Alegre, onde recebe homenagens do Museu de Arte Contemporânea de Porto Alegre - MAC e do Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli - Margs que dão destaque a sua obra. Nessa época realiza a retrospectiva O Realismo Mágico de Britto Velho, com obras desde 1975. Realiza em 2011, na La Photo Galeria, uma mostra individual de pinturas, com recentes produções do artista. Em 2012, ganhou o Prêmio Açorianos de Artes Plásticas, e a Casa Rima e os criativos da Galeria Mascate apresentam a edição limitada de estampas do consagrado artista Britto Velho, dando continuidade em 2013, com o lançamento de baguettes. Vive atualmente em Porto Alegre, onde ministra cursos particulares de pintura em seu ateliê.
BRITTO
VELHO
pinturas
recentes
UM
OLHAR SOBRE A PINACOTECA
obras da Pinacoteca referenciais para o
artista
Abertura
dia 8 de maio de 2014, às 19h
Visitação
de 9 de maio a 11 de julho de 2014
segunda
a sexta das 9h às 18h
Conversa
com o artista
12
de maio de 2014, 19h
conexões
da Pinacoteca Ruben Berta com a obra de Britto Velho
evento
integrado à 12ª Semana de Museus
Pinacoteca
Ruben Berta
Rua
Duque de Caxias, 973 - Centro Histórico
(51)
3224-6740
Equipe:
Amanda Oliveira, Carmem Salazar, Fernanda Evangelista, Hélio da Silva,
Jacques
de Souza, Luis Mariano, Manuela Raupp, Pedro Vargas e Vilma dos Santos.
Estagiários:
André Woltz, Eduardo Silveira, Leonardo Eleutherio e Matheus Lacerda.
Fotos:
Leopoldo Plentz. Divulgação: Bruna
Paulin. Design Gráfico: Andrei
Beer.
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